sexta-feira, 22 de março de 2013

Morte...


“Um bailarino, mais do que qualquer outro ser humano, tem duas mortes: a primeira, a física, quando o corpo vigorosamente treinado não responde mais como se desejaria. Afinal, eu coreografava para mim mesma. Nunca coreografei o que não podia fazer. (...) A última vez em que dancei foi em Cortege of Eagles. Tinha então 76 anos. (...) Não planejei parar de dançar naquela noite. Foi uma decisão dolorosa que eu sabia que tinha de tomar.”

(Martha Graham em Memórias de Sangue)


sexta-feira, 8 de março de 2013

Forjando a armadura, de Rudolf Steiner

"Nego a submeter-me ao medo
Que me tira a alegria de minha liberdade
Que não me deixa arriscar nada,
Que me torna pequeno e mesquinho,
Que me amarra,
Que não me deixa ser direto e franco,
Que me persegue,
Que ocupa negativamente a minha imaginação,
Que sempre pinta visões sombrias.
No entanto, não quero levantar barricadas por medo do medo.
Quero viver, não quero encarcerar-me.
Não quero ser amigável por ter medo de ser sincero.
Quero pisar firme porque estou seguro,
não para encobrir meu medo.
E quando me calo, quero fazê-lo por amor,
não por temer as consequências de minhas palavras.
Não quero acreditar em algo só pelo medo de não acreditar.
Não quero filosofar por medo de que algo possa atingir-me de perto.
Não quero dobrar-me só porque tenho medo de não ser amável.
Não quero impor algo aos outros
pelo medo de que possam impor algo a mim;
Por medo de errar, não quero tornar-me inativo.
Não quero fugir de volta para o velho, para o inaceitável,
por medo de não me sentir seguro novamente.
Não quero fazer-me de importante porque tenho medo de ser,
caso contrário, ignorado.
Por convicção e amor quero fazer o que faço
e deixar de fazer o que deixo de fazer.
Do medo quero arrancar o domínio e dá-lo ao Amor.
E quero crer no reino que existe em mim.""


*Colaboração da querida Carla Ávila!